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Líquens como bioindicadores de poluição atmosférica na cidade de Caravelas – Ba, Brasil

RC: 34941
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/meio-ambiente/poluicao-atmosferica

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SILVA, Alexsandro Santos da [1]

SILVA, Alexsandro Santos da. Líquens como bioindicadores de poluição atmosférica na cidade de Caravelas – Ba, Brasil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 07, Vol. 14, pp. 75-86. Julho de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/meio-ambiente/poluicao-atmosferica, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/meio-ambiente/poluicao-atmosferica

RESUMO

Com as emissões de gases poluentes por causa do tráfego de veículos, fábricas, indústrias e demais meios poluentes, os impactos na atmosfera têm sido potencializados. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o grau de poluição atmosférica mediante a presença ou ausência de líquens como bioindicadores da qualidade do ar. Este trabalho teve como local de estudo o município de Caravelas, sendo selecionados 3 pontos (Sede da Cidade de Caravelas, o distrito Ponta de Areia e Barra de Caravelas), tendo como método a contagem de veículos em cada ponto. Foram escolhidas 10 árvores aleatórias e para a coleta dos dados foi utilizado um quadrante de 15×15 cm, subdividido em quadrados menores de 3×3 cm. Levando em consideração que a presença de líquens sugere baixo nível de poluição atmosférica, infere-se que a área que apresentou maior porcentagem de cobertura liquênica foi a Comunidade Ponta de Areia (36%), estando o ar com menor grau de poluente, em seguida temos, o povoado Barra de Caravelas (33%) e por último Caravelas – Sede (31%). Estes resultados corroboram a hipótese da presente pesquisa, quanto maior o fluxo de veículos, menor a quantidade da cobertura liquênica, maior o grau de poluição. Tendo em vista a escassez de trabalhos com liquens e outros seres vivos na comunidade Caravelense, especificamente no que se refere a bioindicadores, recomenda-se a realização de mais trabalhos científicos, que visam ampliar mais o conhecimento acerca do assunto,não somente os liquens, mas também outros organismos que são indicadores ambientais.

Palavras-chave: Bioindicadores, cobertura liquênica, poluentes, qualidade do ar.

1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas a poluição atmosférica tem chamado muito a atenção do meio científico por causa das problemáticas causadas a saúde humana e também os impactos nos ecossistemas, sendo um indicador de relevância para a implementação do desenvolvimento sustentável (BRAGA et al., 2002; CAMPOS, 2002; CRIPPA et al., 2016).

A maior parte das emissões de gases, em áreas urbanas, é de responsabilidade do grande fluxo de veículos. Dentre as fontes de emissões de gases na atmosfera, existem aquelas oriundas de fontes fixas (Ex: indústrias) e móveis (Ex: veículos) (UEDA et al., 2011).

A poluição atmosférica de uma cidade pode ser verificada sem, necessariamente, equipamentos caros, ou seja, existem métodos eficientes e baratos, podendo, a poluição atmosférica, ser avaliada a longo, médio e a curto prazo, usando os bioindicadores (ELIASARO, et al, 2009).

O uso de bioindicadores, como por exemplo, os líquens que são uma associação simbiótica entre fungos e algas ou cianobactérias (MOURA et al 2012), permite avaliar a qualidade do ar, quando os efeitos não são visíveis macroscopicamente, com diagnósticos precoces (GONÇALVES, 2007 apud MOURA et al 2012), por serem os primeiros a sofrer mudanças com a presença de gases poluentes na atmosfera (ARMÊNIO et al, 2006 apud CANON, 2015).

Diante da intensificação do tráfego de veículos, os impactos causados pelos poluentes têm sido potencializados. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar o grau de poluição atmosférica mediante a presença ou ausência de líquens como bioindicadores da qualidade do ar.

2. METODOLOGIA

2.1 ÁREA DE ESTUDO

O presente trabalho foi realizado no extremo sul da Bahia, no município de Caravelas, situado entre as coordenadas 17º43’55”S; 39º33’03” W (SILVA, 2016) possuindo uma população de 21.414 habitantes ocupando área de 2.393 km2 (IBGE, 2018).

2.2 COLETA DE DADOS

2.2.1 CONTAGEM DE VEÍCULOS

Foram selecionados 3 pontos (Sede da Cidade de Caravelas, Ponta de Areia e Barra de Caravelas), cada ponto foi subdividido em duas áreas, tendo a preferência à locais de maior e menor fluxo de veículos, para o levantamento e coleta de dados, assim como captura das imagens.

Em cada área amostral foi contado o montante de veículos durante uma hora em cada ponto, avaliando desta maneira o fluxo de veículos nos pontos escolhidos.

2.2.2 LEVANTAMENTO DOS LÍQUENS

Em cada área amostral foram escolhidas 10 árvores aleatórias, totalizando 60 amostras, para a observação e captura de imagens dos líquens.

Para a coleta dos dados foi utilizado um quadrante (imagem 1) de 15×15 cm, subdividido em quadrados menores de 3×3 cm e, para os registros, uma câmera digital, lápis, caderno de anotação e calculadora. O quadrante foi posicionado em cada árvore na altura de 1m acima do solo. Sendo que a porcentagem de ocupação dos líquens em cada quadrante foi contabilizada de acordo com número de quadrados preenchidos dentro do quadrante principal.

Imagem 1: Quadrante posicionado na árvore sobre os líquens.

Fonte: Próprio Autor.

A pesquisa seguiu o modelo referente a classe de cobertura liquênica sobre os troncos das árvores, exposto por Troppmair (1988), tendo Classe 1: Grau de cobertura= 0 a 5%, poluição forte. Classe 2: Grau de cobertura = 6 a 12%, poluição alta. Classe3: Grau de cobertura = 13 a 25%, poluição média. Classe 4: Grau de cobertura = 26 a 50%, poluição fraca. Classe 5: Grau de cobertura = 51 a 100%, sem poluição.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a realização do cálculo para estabelecer as porcentagens, foram observados os seguintes valores:

Tabela 1 – Dados coletados da cobertura liquênica.

Barra de Caravelas – Rua Indial Rocha (Praça da Igreja Imaculada Conceição)
Árvore Quantidade de quadrados preenchidos no quadrante Porcentagem
Árvore 1 9 36%
Árvore 2 9 36%
Árvore 3 7 28%
Árvore 4 7 28%
Árvore 5 8 32%
Árvore 6 5 20%
Árvore 7 5 20%
Árvore 8 5 20%
Árvore 9 0 0%
Árvore 10 25 100%
Total: 32%
Barra de Caravelas – Praia do Grauça
Árvore Quantidade de quadrados preenchidos no quadrante Porcentagem
Árvore 1 21 84%
Árvore 2 6 24%
Árvore 3 9 36%
Árvore 4 11 44%
Árvore 5 0 0%
Árvore 6 25 100%
Árvore 7 0 0%
Árvore 8 5 20%
Árvore 9 9 36%
Árvore 10 0 0%
Total: 34,4%
Caravelas – Av. Dr. Sócrates Ramos Rua
Árvore Quantidade de quadrados preenchidos no quadrante Porcentagem
Árvore 1 17 68%
Árvore 2 5 20%
Árvore 3 0 0%
Árvore 4 25 100%
Árvore 5 7 28%
Árvore 6 0 0%
Árvore 7 14 56%
Árvore 8 0 0%
Árvore 9 0 0%
Árvore 10 12 48%
Total: 32%
Caravelas – Rua das Palmeiras, Centro
Árvore Quantidade de quadrados preenchidos no quadrante Porcentagem
Árvore 1 1 4%
Árvore 2 2 8%
Árvore 3 25 100%
Árvore 4 13 52%
Árvore 5 25 100%
Árvore 6 10 40%
Árvore 7 0 0%
Árvore 8 4 16%
Árvore 9 0 0%
Árvore 10 0 0%
Total: 31,9%
Ponta de Areia – Rua Paranhos
Árvore Quantidade de quadrados preenchidos no quadrante Porcentagem
Árvore 1 4 16%
Árvore 2 0 0%
Árvore 3 11 44%
Árvore 4 10 40%
Árvore 5 0 0%
Árvore 6 6 24%
Árvore 7 8 32%
Árvore 8 12 48%
Árvore 9 8 32%
Árvore 10 9 36%
Total: 27,2%
Ponta de Areia – Rua Presidente Getúlio Vargas
Árvore Quantidade de quadrados preenchidos no quadrante Porcentagem
Árvore 1 4 16%
Árvore 2 25 100%
Árvore 3 18 72%
Árvore 4 17 68%
Árvore 5 4 16%
Árvore 6 7 28%
Árvore 7 0 0%
Árvore 8 25 100%
Árvore 9 7 28%
Árvore 10 5 20%
Total: 44,8%

 Fonte: Próprio Autor.

De acordo com a tabelas, seguindo modelo de o Troppmair (Tabela 2):

Tabela 2: Classificação das áreas analisadas.

LOCAL VALOR (%) CLASSE
Ponta de Areia – Rua Presidente Getúlio Vargas 44,8% Zona de poluição fraca
Ponta de Areia – Rua Paranhos 27,2% Zona de poluição fraca
Caravelas – Rua das Palmeiras, Centro 31,9% Zona de poluição fraca
Caravelas – Av. Dr. Sócrates Ramos Rua 32% Zona de poluição fraca
Barra de Caravelas – Rua Indial Rocha (Praça da Igreja Imaculada Conceição) 32% Zona de poluição fraca
Barra de Caravelas – Praia do Grauça 34,4% Zona de poluição fraca

Fonte: Próprio Autor.

De acordo com os resultados obtidos, constatou-se que, Ponta de Areia – Rua Paranhos, tem a menor porcentagem da cobertura liquênica. Nesse local, a quantidade de montante de veículos foi equivalente a 100 veículos que emitem gases poluentes. Por outro lado, no mesmo distrito, porém em outro ponto amostral (Rua Presidente Getúlio Vargas), foi constatado maior porcentagem de presença liquênica (44,8%).

Mesmo com a variação dos resultados de um ponto para outro, todos os pontos estão dentro da Classe de poluição fraca. Uma das respostas para a variação dos pontos se dá devido a pequena presença arbórea de um local em relação aos outros pontos amostrados, pois, segundo Martins et al (2008) a presença de árvores influencia no estabelecimento dos líquens, logo contribui com este resultado.

Quanto a quantidade de veículos, foram constatados no povoado da Barra de Caravelas, nos dois pontos, 170 veículos. No distrito de Ponta de Areia – 131 veículos e, em Caravelas foram constatados 321 veículos que emitem gases poluentes.

“Poluente é qualquer substância presente no ar e que pela sua concentração possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade” (CETESB, 1997).

Comparando as três áreas amostradas (Gráfico 1), seguindo o pressuposto que os liquens tem sido um bioindicadores adequados para a medição da qualidade do ar (VIANA, 2010 apud ARAUJO, 2016), e levando em consideração que sua presença sugere baixo nível de poluição atmosférica, infere-se que a área que apresentou maior porcentagem de cobertura liquênica foi a Comunidade Ponta de Areia (36%), estando o ar com menor grau de poluente e, em seguida, temos o povoado Barra de Caravelas (33%) e por último Caravelas – Sede (31%). Resultados estes, que corroboram a hipótese da presente pesquisa, quanto maior o fluxo de veículos, menor a quantidade da cobertura liquênica, maior o grau de poluição.

Gráfico 1 – Comparação das áreas amostradas quanto a cobertura liquênica.

Fonte: Próprio Autor.

Os líquens absorvem vários poluentes da atmosfera, sendo assim a pureza do ar é crucial para a sobrevivência do mesmo (NIEBOER et al, 1972 apud PIQUÉ et al 2005), portanto é relevante reduzir meios poluentes, como indústria, veículos e fábricas com grande emissão de gases, evitando grandes ameaças a comunidade liquênica.

4. CONCLUSÃO

O presente trabalho demonstra os líquens como um dos métodos de grande relevância para estar medindo ou indicando a qualidade do ar, não somente da área de estudo da pesquisa aqui exposta, mas também de outras áreas ainda não estudadas.

Analisando os resultados, podemos perceber que a área de estudo está num nível de poluição baixa, mas esta não pode passar despercebido, pois com o avanço que o mundo vem atingindo, a cidade de Caravelas poderá crescer e aumentar o seu nível de poluição.

Através deste trabalho percebe-se claramente a importância que os líquens têm como indicadores da qualidade do ar. Entretanto tendo em vista a escassez de trabalhos com líquens e outros seres vivos na cidade, especificamente no que se refere a bioindicadores, recomenda-se a realização de mais trabalhos científicos, que visam ampliar mais o conhecimento acerca do assunto, não somente os líquens como outros organismos que são indicadores ambientais.

5. REFERÊNCIAS

ARAUJO, L. A. F. ; VIEIRA, T. F. B. ; MATOS, P. C. . Análise da Ocorrência de Liquens em Dois Pontos Distintos em Quirinópolis-GO. 2016. (Apresentação de Trabalho/Comunicação). Disponível em:< http://www.anais.ueg.br/index.php/simbio/article/download/6196/3927> Acesso em: 09 de Jul 2019.

BRAGA, B.; HESPANHOL, I.; CONEJO, J.G.L.; BARROS, M. T. L. de; VERAS JUNIOR, M.S. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

CAMPOS. M. L de a. introdução a química de ambientes aquáticos e da atmosfera. Departamento de química da Faculdade de Filosofia, ciências e letras da Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, 2002.

CANON, E. R. P. ; METZ, G. F. ; VICTORIA F. C ; PEREIRA A. B. ; ALBUQUERQUE M. P. ; ANUNCIAÇAO R. Liquens como bioindicadores da poluição em São Gabriel – RS. In: VII Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, 2015, Alegrete. VII SIEPE UNIPAMPA, 2015.

CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Relatório anual da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental 1996. São Paulo: 1997. (Série Relatórios / CETESB, 1996), p. 1-30.

CRIPPA, L.; Bernardi T.; CARRA S.H. Z. Utilização de liquens como bioindicadores da qualidade do ar no município de Caxias do Sul – RS. In: Anais do 5º Congresso Internacional de Tecnologias para o Meio Ambiente. Bento Gonçalves – RS, 2016

ELIASARO S., VEIGA P. W., DONHA C. G., NOGUEIRA L. 2009, Inventário de macrolíquens epífitos sobre árvores utilizadas na arborização urbana em Curitiba, Paraná, Brasil: Subsídio para biomonitoramento urbano, Biotemas, 22 (4): 1-8, dezembro de 2009;

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE Cidade Caravelas. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm > Acesso em: 10 Mai 2018.

MARTINS, S. M. D. A.; KÄFFER, M. I. ; LEMOS, Alessandra Bittencourt . Liquens como bioindicadores da qualidade do ar numa área de termoelétrica, Rio Grande do Sul. Hoehnea (São Paulo), v. 35, p. 425-433, 2008.

MOURA, J. M.; T.; SILVA, J. C. Utilização de líquens como bioindicadores de poluição atmosférica na cidade de Cuiabá – MT. Revista Eletrônica do IBEAS, v. 3, p. 1-6, 2012.

PIQUÉ, M. P. R.; PALHARES, J. B. ; PINTO, R. A. ; SILVA, R. A. ; FEITOSA, H. C. A. A. . Biomonitoramento, instrumento pedagógico a serviço da sustentabilidade urbana. In: XXXIII Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, 2005, Campina-Grande, Paraíba. Anais do XXXIII Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia.” Promovendo e valorizando a engenharia em um cenário de constantes mudanças”, 2005.

SILVA, E. G. D.; ALMEIDA, J. R. D. Avaliação dos impactos ambientais nos estuários das regiões de Caravelas e Mucuri (BA-Brasil) com base no modelo pressão estado impacto resposta (peir). Revista Internacional de Ciências, v. 6, p. 2-20, 2016.

TROPPMAIR, H. Metodologias simples para pesquisar o meio ambiente. Rio Claro: Graff Set, 1988. 232 p.

UEDA, Ana C.; TOMAZ, E. Inventário de emissão de fontes veiculares da região metropolitana de campinas, São Paulo. Química Nova (Impresso), v. 34, p. 1496-1500, 2011.

[1] Pós graduando em Biociências e Biodiversidade: Ecologia e Conservação Ambiental na Universidade do Estado da Bahia, CAMPUS X.

Enviado: Dezembro, 2018.

Aprovado: Julho, 2019.

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Alexsandro Santos da Silva

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